ATA DA DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO SOLENE DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 18.08.1994.

 


Aos dezoito dias do mês de agosto do ano de mil novecentos e noventa e quatro reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às vinte horas e nove minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a entrega do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Jorge Krieger de Mello, de acordo com o Requerimento nº 154/93 (Processo nº 2995/93), de autoria do Vereador Artur Zanella. Compuseram a Mesa: o Vereador Airto Ferronato, 1º Vice-Presidente desta Casa, no exercício da Presidência; o Senhor Jorge Kriger de Mello, homenageado; o Senhor Artur Zanella, Vereador licenciado desta Casa e Presidente da Companhia Riograndense de Turismo, representando, neste ato, o Senhor Governador do Estado; o Senhor João Pedro Reis, Procurador Geral do Município e representante do Senhor Prefeito Municipal neste ato; o Senhor Carlos Saldanha Legendre, representante da Ordem dos Advogados do Brasil; o Senhor Firmino Cardoso, representante da Associação Riograndense de Imprensa; o Vereador Jocelin Azambuja, Secretário “ad hoc” destes trabalhos. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores para se manifestarem sobre a presente homenagem. O Vereador Jocelin Azambuja, em nome da Bancada do PTB, ressaltou a contribuição do Homenageado para o restabelecimento da democracia em nosso País através do exercício da advocacia, lembrando a colaboração do Senhor Jorge Krieger de Mello no engrandecimento de nossa Cidade. O Vereador João Dib, em nome das Bancadas do PPR, PMDB, PDT, PT, PPS, PSDB, PC do B, PP e PFL, declarou ser a presente outorga uma retribuição da Cidade aos préstimos desse passo-fundense que passou a conviver e a amar Porto Alegre. Também, destacou a solidez da família do Homenageado. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença, como extensão da Mesa, da Senhora Helga de Mello, esposa do Homenageado, e do Senhor Reginaldo Pujol, representando o Deputado Germano Bonow e o PFL. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Artur Zanella que, em seu próprio nome e em nome do Senhor Governador do Estado, disse ser o Homenageado a síntese do brasileiro, do gaúcho, do porto-alegrense, registrando as contribuições do Senhor Jorge Krieger de Mello para a política de nosso Estado, desejando-lhe continuidade e sucesso em suas realizações. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, de pé, assistirem à entrega do Diploma, realizada pelo Vereador João Dib e pelo Senhor Artur Zanella e à entrega da Medalha, realizada pelo Senhor João Pedro Reis ao Senhor Jorge Krieger de Mello, concedendo-lhe, logo após, a palavra, ocasião na qual, o Homenageado agradeceu a todos pela outorga ora realizada, aproveitando o ensejo para resgatar dados históricos sobre a Câmara Municipal de Porto Alegre. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Antônio Ávila, Superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento e, logo após, convidou a todos para, de pé, assistirem à execução do Hino Nacional. Às vinte e uma horas e quinze minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos da presente Sessão. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Airto Ferronato, 1º Vice-Presidente da Casa no exercício da Presidência, e secretariados pelo Vereador Jocelin Azambuja, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Jocelin Azambuja, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 

 


(Obs.: A Ata digitada nos Anais é cópia do documento original.)

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Dr. Jorge Krieger de Mello, de acordo com o Requerimento nº 154/93, de autoria do Ver. Artur Zanella.

Convido para compor a Mesa nosso homenageado, o Exmo. Sr. Jorge Krieger de Mello; o representante do Governado do Estado, Ver. Artur Zanella, atual Presidente da CRTUR; o representante do Prefeito Municipal, Dr. João Pedro Rodrigues Reis, Procurador-Geral do Município; o representante da OAB, Dr. Carlos Saldanha Legendre, e o representante da ARI, Jornalista Firmino Cardoso.

Senhoras e senhores, esta homenagem foi iniciativa de um projeto do Ver. Artur Zanella, Proc. nº 2995/93, aprovado por unanimidade pelos Srs. Vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre.

Registro com satisfação este encontro, particularmente por presidir este trabalho de homenagear uma figura bastante conhecida da nossa Cidade, um homem ilustre. A presença de tantas pessoas por si só é suficiente para demostrar o acerto desta Casa. Antecipadamente, queremos registrar nossos parabéns ao homenageado. Numa pequena exposição: hoje, à tarde, tivemos uma Sessão Solene, através da qual entregamos um Título de Cidadão de Porto Alegre ao ex-Prefeito da Cidade de Morano Calabro. Vejo, neste momento, o coroamento deste dia, pois, de um lado, homenageamos um europeu que veio especialmente para este encontro: ele foi o Prefeito que propôs Morano Calabro como a cidade-irmã de Porto Alegre; ele foi uma figura importante para a Cidade pelo que fez em outro país. Por outro lado, o Dr. Jorge Krieger de Mello muito contribuiu para o engrandecimento da nossa Cidade. Registramos que, a partir do momento em que o Ver. Artur Zanella assumiu uma função importante no Governo do Estado, o Ver. João Dib deu prosseguimento ao processo; portanto é, também, um dos proponentes desta homenagem.

O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra em nome do PTB.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Nós, da Bancada do PTB, não poderíamos deixar de prestar a nossa homenagem, o nosso reconhecimento a este homem que, em primeiro lugar, tem laços fraternos com a nossa legenda, com o trabalhismo, e que hoje, se estou aqui nesta tribuna, devo um pouco a ele, que resgatou, num trabalho com outros companheiros, o PTB e fez esta bandeira tremular de novo. Nós estamos num caminho que foi iniciado justamente por estes companheiros, como o Dr. Krieger de Mello. Por outro lado, também pela relação muito afetiva que nos une pelo trabalho na democracia, o Dr. Krieger, com uma experiência um pouco maior que a nossa, sempre nos ajudou, nos orientando, os advogados mais novos. Também pelo seu espírito, como colegas, tive oportunidade de trabalhar com ele na Comissão de Defesa e Assistência na nossa Ordem dos Advogados do Brasil, junto com o nosso amigo Dr. Legendre, que hoje representa a nossa Secção do Rio Grande do Sul, e lá pudemos, durante um bom tempo, preservar o Direito do Trabalho dos nossos colegas advogados e fazer com que cada vez mais a Advocacia se desenvolvesse.

É importante que Porto Alegre busque homenagear aqueles que contribuam de fato com o engrandecimento da Cidade. Este título que Porto Alegre concede, e concede a poucos - são trinta e três títulos por legislatura -, é justamente concedido àquelas pessoas que tenham realmente feito alguma coisa de importante na vida da nossa Cidade. O Dr. Krieger de Mello tem um trabalho, uma história de luta, de defesa dos direitos dos cidadãos. Ainda há poucos dias, tive a honra de representar a Câmara Municipal numa solenidade na Ordem dos Advogados, quando lhe foi entregue a Comenda Osvaldo Vergara, justamente pelo seu trabalho sério e responsável dentro da nossa profissão de advogado e que fez com que a Ordem o reconhecesse. Até tenho que relatar um fato. Ele lembrava, e depois eu comentava com o Presidente Luiz Felipe Magalhães, que ele nem tinha votado no Luiz Felipe, não apoiador da chapa do nosso querido colega Felipe, mas a OAB se sentia no dever de dar a ele, independentemente de qualquer relação política da entidade, mas a Ordem tinha obrigação de prestar esta homenagem a ele. Isso é muito importante, porque nós temos que fazer com que as pessoas de bem, as pessoas que lutam, que fazem por engrandecer a vida da nossa Cidade sejam homenageadas por esta Cidade. O Dr. Krieger, além de ser um homem extremamente competente na sua profissão, sempre teve o espírito voltado à comunidade, ao povo, sempre preocupado em fazer com que a vida dos seus irmãos, dos seus queridos porto-alegrenses, rio-grandenses fosse melhor. Ele tem dedicado muito da sua existência em fazer com que as coisas aconteçam de forma mais positiva para todos nós. Além desse trabalho importante que o Dr. Krieger tem feito como profissional, nós temos que destacar as suas obras de Direito, seus livros, que têm ajudado muito, contribuído muito com os novos advogados, na área criminal, para que eles possam usufruir desse conhecimento e dessa bagagem riquíssima que o Dr. Krieger de Mello tem.

Gostaria de dizer que precisamos refletir muito sobre a importância da participação da sociedade em todos os momentos da vida da sua Cidade. Precisamos assumir a nossa condição de cidadania, avançar, crescer interiormente, e a forma de crescer interiormente não é só se realizando profissionalmente, conquistando as coisas materialmente, mas é se doando à sociedade, à comunidade, é fazer com que a gente possa crescer fraternalmente e viver como irmãos. Isso nós precisamos aprender a fazer. Não temos sabido, porque, se tivéssemos aprendido a lição, a nossa sociedade seria mais feliz. São homens como o Dr. Krieger de Mello, que coloca sempre a sua vida à disposição de todos, que fazem com que a nossa vida se torne melhor. Nós precisamos cultuar muito esse sentimento, essa relação. Por isso, Dr. Krieger de Mello, Porto Alegre se honra muito em poder prestar esta homenagem, e esta Casa cumpre com o seu dever de reconhecer, no seu trabalho, o muito que V. Exa. fez para Porto Alegre e o que V. Exa. fará pela nossa Cidade, por todos os seus irmãos. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra pelas Bancadas do PPR, PMDB, PDT, PT, PPS, PSDB, PC do B, PP e PFL.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e os demais presentes.) É preciso conviver para poder conhecer e, conhecendo, poder compreender e, compreendendo, poder amar. Isso foi o que aconteceu com o passo-fundense que chegou a esta Cidade - fez todas essas quatro operações rapidamente - e passou a amá-la como se fosse a sua única Cidade. Mas a recíproca também é verdadeira. A Cidade passou a amá-lo, e continua amando.

Hoje a Cidade diz a ele por que gosta dele: por tudo aquilo que ele fez e continua fazendo - o professor, o advogado, mas especialmente o amigo - e esta Cidade sabe respeitar aqueles que a respeitam. É por isso, meu caro Dr. Jorge Krieger de Mello, que a Câmara Municipal de Porto Alegre, em uma proposição inteligente do Ver. Artur Zanella, e secundada por mim, hoje está lhe outorgando este título por unanimidade - é merecida a homenagem e representa o reconhecimento da Cidade por tudo aquilo que tem sido feito até agora. Mas, na verdade, Dr. Jorge Krieger de Mello, ninguém faz nada sozinho, e o Dr. Jorge Krieger de Mello, hoje homenageado, vai ter que dividir esta homenagem com Dona Helga, o seu maior auditório nos seus momentos difíceis, complicados, de angústia, preocupações: “Ah! quando chegava perto da Dona Helga, tudo ficava muito mais fácil”. O Jorge, o Régis e a Sandra batiam palmas para o Jorge Krieger de Mello e agora mais cinco netos batem palmas para ele, fora as palmas que os amigos batem. Isso só se faz para um cidadão que sabe amar, um cidadão que sabe se doar, que sabe cuidar da sua família, porque quem não sabe cuidar da sua família não sabe cuidar de mais nada; quem não cuida dos filhos, da esposa, dos netos, não pode cuidar da Cidade, não pode se doar aos seus amigos. Ele sempre estará dando só uma parte, porque a melhor parte é dada por este maravilhoso auditório que o meu amigo Jorge Krieger de Mello tem. Por isso, deve dividir esta homenagem que a Cidade lhe presta com as pessoas que possibilitaram a que ele tivesse tranqüilidade, pudesse realizar, pudesse ser, porque ter é muito fácil, ser é mais difícil. O Jorge Krieger de Mello conseguiu ser porque tinha uma família perfeitamente estruturada, tinha amigos e tem amigos que são capazes de lhe estimular para lhe dizer: continua fazendo assim, porque precisamos de ti, porque precisamos do teu trabalho, porque precisamos da tua responsabilidade, porque precisamos da tua inteligência, do teu conhecimento e precisamos da tua amizade. Isto é o que acontece, e hoje a Cidade está dizendo isso ao amigo querido, Jorge Krieger de Mello, mas também a Cidade está dizendo: Jorge Krieger de Mello, hoje estamos te homenageando ao mesmo tempo em que estamos te dizendo: esperamos que, no mínimo, continues o mesmo, mas, se puderes ser mais, sabemos que tentarás sê-lo para que esta Cidade seja melhor pelo teu trabalho, pela tua dedicação, pelo teu carinho, pelo teu conhecimento, pela tua inteligência e pelo respeito à Cidade que passaste a amar no momento em que chegaste aqui. Como prova, esta Cidade também passou a te amar, e hoje te está sendo outorgado o Título de Cidadão de Porto Alegre.

A vida, meu caro Jorge Krieger de Mello, é feita de momentos: momentos bons e momentos ruins. Na verdade, os momentos ruins, talvez, sejam em muito maior número, mas os momentos bons são aqueles capazes de nos fazer vencer todos os outros, com a mesma tranqüilidade, com a mesma serenidade que faríamos qualquer coisa que aparentemente fosse muito fácil. Então, esses momentos felizes, esses momentos de glória, como este que estás vivendo agora, devem ser depositados na conta de poupança da vida de cada um de nós. E hoje estás fazendo um depósito na tua conta de poupança, na tua vida, sabendo que amanhã eles terão de ser utilizados, com os rendimentos que tiverem, para que tu possas continuar sendo um bom pai, um bom cidadão, um homem que é bom amigo, que reuniu, às 8 horas da noite, na Câmara Municipal de Porto Alegre, todos os seus amigos - não todos, até pela dificuldade -, mas que, realmente, é um homem que pode ser considerado absolutamente confiável. E pode, em nossos momentos de dificuldade, ser o nosso ouvinte, a pessoa que nos aconselha, que nos tranqüiliza, mas que vai continuar trabalhando muito por esta Cidade, porque trabalhar pela capital de todos os gaúchos é trabalhar pelo Estado do Rio Grande do Sul, é trabalhar pelo País. E Jorge Krieger de Mello não sabe fazer outra coisa a não ser trabalhar, cuidar da sua família, cuidar de seus amigos e cuidar que esta Cidade cresça. Esta a tarefa que nós esperamos que o amigo, hoje homenageado por todos os Vereadores desta Casa, possa continuar com a mesma tranqüilidade com que tem feito até agora. Que possa continuar merecendo cada vez mais o nosso respeito e o nosso carinho, porque temos certeza de que, sempre que for necessário chamar Jorge Krieger de Mello, ele dirá: “presente!”. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Como extensão da Mesa, citamos as presenças da Sra. Helga, esposa do homenageado, e do Ver. Reginaldo Pujol, que neste ato representa o Dep. Germano Bonow Filho e o PFL.

Falará como autor desta proposição, em seu nome particular e em nome do Sr. Governador do Estado, o Ver. Artur Zanella.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e os demais presentes.) O Sr. Presidente perguntou-me se eu queria falar e eu disse que sim. Perguntou-me se eu queria falar como a pessoa que apresentou este Projeto e eu disse que iria falar como autor do Projeto, como cidadão de Porto Alegre e como representante do Sr. Governador, que me telefonou e disse: “Quero que tu chegues lá e diga para o Krieger que o Estado do Rio Grande do Sul tem com pessoas como ele uma dívida moral, uma dívida de peso por tudo aquilo que eles fazem.” Estou transmitindo isso a ele, que recebeu há poucos dias a Medalha Osvaldo Vergara, da OAB. Mas cada Vereador desta Casa tem que escolher a quem apresentar um título de Cidadão. Essa escolha é muito subjetiva, porque cada um escolhe de uma forma: um grande médico, ou um batalhador, etc. Achei que deveria escolher uma pessoa que fosse uma síntese do brasileiro, do gaúcho, do porto-alegrense, e que tivesse condições de ser representado, no dia da entrega, pelas mais variadas classes sociais e profissões. Lembrei-me, então, do político Krieger de Mello, que, efetivamente, foi um dos que ressuscitou o PTB naquela oportunidade, há muitos anos.

Hoje vou falar de coisas sérias e de outras talvez não tão sérias. Lembro-me de que ele dizia: “Hoje tenho que tratar com o departamento feminino do PTB”. E eu pensava: “Vai falar com a esposa.” Daqui a pouco, dizia: “Temos uma reunião muito grande com o departamento jovem do PTB.” E eu pensava: “É com o filho.” Na verdade, ele estava ressuscitando um partido. Chegava dirigindo o seu carro, ou outros, com muitos assessores. Naquela oportunidade, foi atropelado pelo voto útil, mas criou um partido que hoje tem nove ou dez deputados estaduais.

Vi agora um telegrama do Sr. Cagliari, com quem falei essa manhã em Brasília, numa reunião sobre turismo. É o Presidente do Banco do Brasil. Deixei a reunião pela metade, a tempo de vir a esta Sessão, e o Krieger, há uns vinte ou trinta anos - ele pode contar ou não, quando for falar - não sei se ele receberia esse tipo de telegrama do Banco do Brasil. Hoje, o Presidente do Banco do Brasil envia um telegrama, dizendo da satisfação daquele Banco em ter um ex-funcionário recebendo este Título. Nos sindicatos, estava lá o Krieger de Mello. Reunião do Lyons: quando eu vejo, está lá o Krieger de Mello. Estávamos discutindo viagens num outro dia e um disse: “Olha, eu vou chamar um perito em viagens.” Lá aparece o Krieger de Mello. Eu vou numa reunião de clubes e lá está o Krieger de Mello. O Danilo Ucha, do “Jornal da Noite”, outro dia disse que entre as pessoas que o fazem manter o jornal uma é o Krieger de Mello. Vou na Praia de Capão Novo e lá está o Dr. Krieger de Mello querendo emprestar uma loja, grátis, dele, para que a CRTUR lá fizesse um centro de informações turísticas ou um centro de apresentação de artesanato do Rio Grande do Sul.

Então, meus senhores e minhas senhoras, eu acho que esta indicação foi uma indicação abrangente, e o Krieger, de vez em quando, me dizia assim: “Mas será que passa? Eu já briguei com o PT e já discuti com o pessoal do PDT”. E ele não sabia que quem estava fazendo o Projeto comigo era a minha chefe de gabinete, que tinha uma ação judicial contra uma pessoa e o advogado dela era o Krieger. Eu acho uma coisa fantástica isso, pois a pessoa que está brigando em razão de ação foi exatamente quem ajudou a elaborar o Projeto. Ele nem sabe disso. Isso demostra uma grandeza, pois todo o mundo votou a favor e foi uma satisfação para esta Casa, uma Casa que tem legitimidade para dar esse atestado de que uma pessoa é útil e merece ser homenageada.

Faz tempo que eu não falo aqui desta tribuna, eis que estou lá na Companhia Rio-Grandense de Turismo, mas, nas vezes em que falo nesta Câmara, eu sempre digo que esta Casa vale pelo seu peso específico. Pelo seu passado. Nós, Vereadores, aqui estamos e somos passageiros - alguns nem tanto, como o Ver. João Dib, que é Vereador há uma existência, há uma geração, mas os outros, de uma forma ou de outra, saem daqui. Para uma Câmara que hoje tem duzentos e vinte e um anos, esta tem toda a legitimidade e o peso da sua importância histórica para dizer que uma pessoa merece ser destacada entre os um milhão e meio de habitantes que possui Porto Alegre. Esta Câmara foi implantada em 1773. Os Estados Unidos ainda não eram independentes, ainda estavam sob o jugo inglês, e a Câmara de Porto Alegre já existia. A Revolução Francesa ainda não havia ocorrido e a Câmara já existia. O Brasil ainda era Colônia, e o continuou sendo ainda por vinte ou trinta anos, e a Câmara de Porto Alegre já existia. Não havia Prefeito, mas a Câmara, sim.

Então, esta Câmara, que tenho a honra de integrar como representante do povo de Porto Alegre numa noite como esta, diz ao Dr. Jorge Krieger de Mello que isto não é uma aposentadoria, em termos de trabalhos comunitários, mas, sim, um incentivo para que ele trabalhe mais por Porto Alegre, por seu Estado, por seu País e por sua comunidade. A partir de hoje, ele pode, tranqüilamente, mais do que antes, dizer que cumpriu com aquilo que se imagina que deva ser cumprido por um cidadão deste País. Para nós, Vereadores de Porto Alegre, é uma honra que ele seja, nesta noite, designado oficialmente o que ele já sempre foi: um cidadão de Porto Alegre.

Seja bem-vindo a esta Câmara. Seja bem-vindo a esta Cidade, hoje, como seu novo Cidadão. Seja bem-vindo, principalmente, Dr. Krieger, para aqueles seus amigos que hoje lhe desejam toda a felicidade do mundo. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Vamos convidar para participar conosco da Mesa o Ver. João Dib, juntamente com o Ver. Artur Zanella, para proceder à entrega do Diploma ao nosso homenageado. Em nome do Sr. Prefeito Municipal, fará a entrega da Medalha o Dr. João Pedro Rodrigues Reis. Convidamos a todos para assistirem à entrega do Título e da Medalha.

 

(É feita a entrega do Título de Cidadão de Porto Alegre e da Medalha.)

 

Com a palavra, o nosso homenageado, Dr. Jorge Krieger de Mello.

 

O SR. JORGE KRIEGER DE MELLO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os membros da Mesa.)

(Lê.)

“Poucos homens têm a ventura que estamos tendo nesta noite de 18 de agosto de 1994, de receber o mais honroso dos títulos, que é o Cidadão de Porto Alegre. As responsabilidades que pesam sobre nossos ombros na última quadra da vida, ao receber as duas maiores homenagens que um ser humano consciente e amante da vida, de sua profissão e de seus semelhantes pode receber, nos foram tributadas neste mês, as quais, neste ato, entregamos a nossa família.

A primeira nos foi outorgada pela Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, que, por unanimidade de seu Conselho, nos concedeu a Comenda Osvaldo Vergara, juntamente com mais onze homens e mulheres notáveis do mundo jurídico de nosso Estado, inclusive os Drs. Alceu Collares e Tarso Genro, Governador e Prefeito da Capital, escolhidos que fomos no universo de aproximadamente trinta mil advogados, constituindo-se, sem sombra de dúvida, esse ato como a homenagem a doze apóstolos do Direito. Só Deus, nossa família e nossos colegas são sabedores do que temos envidado na defesa de nossa classe e no exercício da advocacia, com honradez, granjeando, muitas vezes, a incompreensão pela forma com que defendemos as posições jurídicas assumidas.

A segunda, que hoje estamos vivenciando, é a compensação máxima que um ser humano pode almejar: o homem do Interior, que buscou na Capital, numa das quadras mais difíceis de sua vida, sobreviver e dar educação para seus filhos, ver sua luta reconhecida pelos legítimos representantes do Município, seus Vereadores. E ao falarmos em Município é necessário que teçamos algumas considerações abrangentes, para que não pairem dúvidas sobre as gerações vindouras, de que esta Casa concedeu, no limiar do século XXI, o título de cidadão a alguém que, como advogado criminal, poderia não ter noções básicas de sua estrutura e de sua história. E nada melhor do que repetirmos o que consta nos Anais desta Câmara, referente à Sessão Solene comemorativa aos ‘Dois Séculos de Legislação Municipal’, em palestra proferida por um dos mais respeitados juristas de nossa geração, o saudoso Dr. Otavio Caruso Brochado da Rocha, com quem tivemos a honra de privar, tanto na política como no campo das Ciências Jurídicas e Sociais.

Ao referir-se ao Município, cita o jurista especializado em Direito Municipal, Francisco Machado, que definiu o Município como um fenômeno social, um fenômeno natural que surge já nas primeiras formas originárias do convívio dos grupamentos humanos, gerando, pela sua organização imediata, as primeiras manifestações do poder. E sem dúvida ele é isto. O Município, a organização mundial em que vivemos, é e constitui um fato social originário, imanente às formas primárias do convívio, traz no seu âmago um sopro indissociável que se surpreende e se discerne ao longo de vermos a sua evolução através dos séculos, sem dúvida, mas, também, através de milênios. É quase, diríamos, uma alma da própria instituição municipal; o seu espírito, aquilo que o verifica, que o explica, que faz com que ele não se derrube, não se extinga e jamais pereça, quaisquer que sejam as múltiplas, as inúmeras vicissitudes políticas e sociológicas que viva, como efetivamente tem vivido. Refiro-me ao espírito de liberdade, ao anseio de liberdade, à busca de liberdade, que é a coluna vertebral da própria organização municipal. Se a formos ver e acompanhar, buscando nos velhos alfarrábios que achamos e nos livros das nossas faculdades; se a formos ver e acompanhar naqueles livros, que de mãos em mãos se transmitem de gerações em gerações ao longo de milênios, encontraremos a sua primeira, e quem sabe, a sua mais alta expressão na cidade-estado do mundo greco-romano, onde o Município em si tinha não só a liberdade, não só autonomia, mas, muito mais do que isto, tinha a própria soberania. E se este Plenário Municipal, em que tenho a imensa honra de falar neste momento, sem dúvida é alto e excelso Plenário, poderoso pelas suas funções, forte nas suas investiduras, rico e generoso nos seus atos, ele, este Plenário de aqui e de agora, lá no milênio grego correspondia ao Grande Arco, à Praça Helênica, onde falavam os maiores que decidiam sobre a paz e a guerra e sobre o destino daquela que foi a mais grandiosa de todas as civilizações humanas. Essa é a herança dos Municípios, herança grega que chegou a nós passando pelas vicissitudes romanas, porque Roma foi uma cidade terrível, poderosa e férrea, inflexível como a alma dos césares e dos homens que a governaram. Mas Roma, nem mesmo Roma pôde asfixiar, destruir esta força que inspira as municipalidades. Roma mesmo, a própria e toda poderosa Roma, teve que respeitar a organização municipal. E aquelas cidades que, pela sabedoria dos seus chefes, a prudência dos seus condutores, fizeram-se impor ao respeito do Senado Romano, aquelas cidades constituíram-se em Municípios, vale dizer, em cidades sujeitas, sim, ao jugo do Senado Romano, mas também titulares do direito de autogoverno, do direito que as comunidades primitivas, sociologicamente iguais aos Municípios, tinham, e hoje mantêm ainda, de decidirem os seus destinos quaisquer que sejam os regimes políticos que sobre elas venham a recair.

Na Grécia e em Roma se comprova esta força imanente às organizações municipais e ela se reflete diante de nós hoje, aqui, com igual vigor e com esplêndido colorido na presença extraordinária deste conjunto de homens públicos, a quem conheço e que me deferem a honra de chamar-lhes pessoalmente amigos, que integram e compõem este extraordinário Plenário desta Câmara. E, ao falarmos nesta Casa, não podemos deixar de relembrar o que diz o historiador Francisco Riopardense de Macedo: ‘A criação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre é assunto dos mais curiosos na historiografia brasileira. Aqui tudo aconteceu diferente. Porto Alegre foi capital antes de ser vila, foi sede de Município único muito antes de ser cidade. Tudo aconteceu porque o Rio Grande do Sul é mesmo um caso à parte. Duzentos anos de lutas para consolidar fronteiras. Portugueses e espanhóis misturados para a conquista de um território.’ Homens se firmaram, gerações se constituíram e, no rastro de sucessos, episódios e processos, o gaúcho se louvou como um tipo brasileiro de qualidades específicas. Nem melhores e nem piores - um tipo que não foi guerreiro; foi pensador também. Que não só obedeceu. Revoltou-se inclusive.

Nossa Câmara Municipal foi palco de opressão, mas é também símbolo de resistência.

Em 1777, quatro anos após sua instalação, o Governador José Marcelino de Figueiredo determinava a prisão de alguns representantes da Câmara por negarem ao Governador um auxílio para a construção de uma ponte fora dos limites, ponte essa a da Azenha.

Foi a Câmara Municipal de Porto Alegre que, em 1835, depôs o Governo Estadual e, em 20 de setembro, empossava o General Bento Gonçalves como Governador da Província do Continente, e este, juntamente com Onofre Pires e Gomes Jardim, consolidava o Movimento Farroupilha. Este gesto foi de transcendental sentido político, tomado por uma Câmara Municipal que não se conformava em reduzir-se a limites meramente burocráticos, administrativos ou de gestionamento, mas reivindicava a prerrogativa de efetivo centro de Poder, deflagrando uma situação política de maior excepcionalidade como a que vivíamos na época.

Na 1ª Câmara Republicana que funcionou de 17 de novembro de 1889 a 22 de janeiro de 1890, os Vereadores não-republicanos tiveram a dignidade de abandonar os cargos.

Nos diversos períodos de convulsão social ou de violação do Estado de Direito esta Casa não se omitiu, sofrendo seus membros cassações e outras violências sem que com isso fosse quebrada a sua espinha, que é composta por homens com idéias divergentes, mas com a coragem e a lealdade que bem caracterizam o título conferido por lei imperial de 1841 de “Mui leal e Valerosa Porto Alegre” e cujos representantes sempre souberam honrar.

Depois destas considerações de ordem históricas, voltemos às de ordem pessoal.

Honra-nos receber este título da Câmara de Vereador da nossa Capital. Primeiro porque foi o único cargo eletivo que exercemos na Cidade de São Leopoldo, mas fomos atingidos pelo Movimento de 1964, já nos primeiros dias de mandato. Presos e incomunicáveis (usava-se então o eufemismo de detido), fomos trazidos para esta Capital onde, entre a Delegacia de Trânsito na Av. João Pessoa e o SESME, hoje FEBEM, tivemos a primeira e mais duradoura permanência na Capital até então.

Antes, na mocidade trabalhista e no movimento sindical, sempre participamos, desde jovens, nas decisões políticas e sindicais, inclusive em Porto Alegre, o que nos levou a responder alguns IPMS, nos difíceis anos em que o obscurantismo passageiro nos atingiu. Fomos punidos por idéias e por atitudes das quais nunca nos envergonhamos e nem nos arrependemos, pois o fizemos conscientes dos riscos que corríamos. Não pudemos exercer o mandato de Vereadores, pois fomos por imposição do direito da força confinados no Estado de Santa Catarina por seis longos anos. Diante da adversidade é que tivemos a oportunidade de conhecer a grandeza dos homens e a dignidade dos políticos rio-grandenses.

A Câmara de São Leopoldo, independente de posicionamentos políticos, negou-se a discutir sequer nossa cassação, enquanto presos e perseguidos, preservando nosso mandato.

Em 1965, numa época de incertezas e apreensões, mais uma prova da nobreza e coragem dos gaúchos: nossa turma na Faculdade de Direito de Passo Fundo honrava-nos com a escolha de orador, impondo o tema Direito de Defesa, homenageando também os formandos da UFRGS de 1930. Em 1970, resolvemos dizer um basta ao confinamento que nos fora imposto, regressando ao nosso Estado e escolhendo como opção para viver a nossa bela e querida Porto Alegre.

Quem pensou que no regresso fôssemos acomodar-nos cometeu engano. Através da advocacia começamos a trabalhar no difícil campo criminal, pois os direitos humanos eram violados a cada instante e poucos tinham a coragem de adentrar a noite à procura de presos em nossas prisões e nos quartéis. A OAB, desde logo, nos acionou   e durante anos exercemos, juntamente com os destemidos advogados Eloar Guazelli e Werner Becker, a missão suicida. Neste mister defendemos (e graciosamente) dezenas de políticos, advogados, estudantes, trabalhadores, principalmente bancários e jornalistas, estes em grande número, pois seu atuante Sindicato nos chamava sem escolher dia nem hora.

Fosse naquela época esta solenidade, estaria em destaque nos jornais de hoje. Só Deus sabe quantas e quantas noites perdemos para acompanhar em flagrante de jornalistas, de estudante, de advogado e outros trabalhadores, sem recebermos qualquer remuneração.

Não nos limitamos a essas atividades. Através do LC POA Balneários, ao qual pertencemos, temos contribuído para obras sociais na Zona Sul. Através da Associação Cristóvão Colombo, desenvolvemos nosso trabalho na Zona Norte. Através da Comissão de Defesa e Assistência da OAB, cuidamos da garantia dos advogados. Através da Associação Americana de Juristas e Associação Internacional de Direito Penal, procuramos ampliar os conhecimentos jurídicos no campo internacional. No campo político, também sentimos orgulho do que fizemos. No MDB, defendemos seus políticos. Na abertura democrática, tivemos a coragem de fundar o Partido Trabalhista Brasileiro, a cuja bancada, e digo com orgulho, pertence o Presidente desta Casa, Dr. Luiz Braz, um dos responsáveis por esta homenagem.

Antes de concluirmos, queremos, nesta Casa e nesta Sessão Especial, perante todos, render a nossa homenagem à mulher. Tomamos como parâmetro uma mulher forte, destemida, leal, mãe compreensiva, mulher, colega e companheira. É a personificação de Ana Terra de Érico Veríssimo, mas na versão de descendência germânica. Nós a conhecemos e a amamos desde muito jovens. Sua postura aliada a sua aparente submissão a tornaram digna de nossa eterna admiração. Ela foi e é a razão fundamental de nosso sucesso e nossa existência. Estudiosa, disciplinada e culta, sempre esteve ao nosso lado na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Rendemos, pois, nosso tributo à mãe da Sandra, do Régis, do Jorge Jr. e avó de nossos cinco netos, a querida Helga, pois a ela e nossos filhos e netos devemos nosso sucesso e felicidade.

A todas as bancadas com assento nesta Casa agradecemos por terem unanimemente nos concedido tão honroso título, pois sempre acreditamos na política e nos políticos.

Ao Ver. Artur Zanella, hoje Presidente da CRTUR, autor da proposição, ao Dr. João Dib, um dos políticos que mais tem amado e realizado por Porto Alegre, e ao Presidente, Dr. Luiz Braz, nossos agradecimentos pela concessão de tamanha honraria. Obrigado, Srs. Vereadores. Obrigado, Sr. Prefeito Municipal. Obrigado, colegas, amigos e familiares presentes. Obrigado, Porto Alegre, pois, a partir de hoje, podemos dizer com orgulho: somos porto-alegrenses. E que Deus nos conceda o privilégio de que, quando partirmos, nosso corpo descanse nesta Cidade para que a alma possa sentir o seu viver e viver o seu sentir.”

 

(Não revisto pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE: Nós registramos a presença do Dr. Antônio Ávila, Superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento. Também registramos a presença do Ver. Isaac Ainhorn.

Convidamos a todos para que, em pé, ouçamos o Hino Nacional.

 

(É executado o Hino Nacional.)

 

Ilustre homenageado, senhores componentes da Mesa, senhoras e senhores, o Título de Cidadão de Porto Alegre é o maior título que a Cidade outorga. A sua aprovação depende de uma lei aprovada com maioria de dois terços, no mínimo, dos Srs. Vereadores, dada a importância e a relevância desta condecoração. Além da manifestação favorável de, no mínimo, dois terços dos Vereadores, e houve votação unânime, a outorga deste título também depende da sanção do Sr. Prefeito Municipal. Isto demonstra que é uma deferência que a nossa Cidade faz ao Dr. Krieger de Mello. Portanto, os nossos parabéns, especialmente a V. Exa., aos seus familiares. Nós agradecemos e registramos a presença de todos.

Estão encerrados os trabalhos.

 

(Encerra-se a Sessão às 21h15min.)

 

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